A produção de pitaia vem crescendo no Estado e Mampituba se destaca com a maior produção, que chega atualmente a nove hectares. O município é seguido por Novo Hamburgo, Vale Real, Santa Cruz do Sul e Terra de Areia. A safra deste ano iniciou em novembro passado e está encerrando, registrando boa produtividade, porém o preço pago ao produtor teve leve queda ao longo do período.
Segundo levantamento da Emater/RS-Ascar - vinculada à Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) - existem mais de 20 produtores de pitaia em Mampituba, distribuídos nas comunidades do Costãozinho, Rio de Dentro, Vila Brocca, Vila São Jacó e Cambraia. "Esta cultura tem potencial produtivo e de mercado e além disso ganha destaque quando incluída em roteiro turístico, como é o caso do Vale das Pitaias, roteiro da comunidade do Costãozinho que contempla a visitação de duas propriedades produtoras da fruta", explica a extensionista da Emater/RS-Ascar em Mampituba, Lauren Petenon.
Desde 2018 a Emater/RS-Ascar desenvolve ações, em parceria com a Secretaria Municipal da Agricultura, para desenvolver o sistema de produção da pitaia e a cadeia produtiva como um todo. "Por esse motivo foram realizados diagnósticos, reuniões técnicas, criação de grupo virtual para orientações técnicas e assessoramento aos produtores ao longo desses anos. Importante dizer que em 2020 foi publicado um manual técnico elaborado pela Epagri/SC orientando quanto ao manejo e implantação da cultura, que veio corroborar a atuação técnica junto aos produtores da fruta", explica Lauren. Neste ano, inclusive, foi celebrada a abertura da colheita da pitaia no Vale das Pitaias, em janeiro de 2021, evento que tende a ganhar destaque nos próximos anos.
A safra que se encerra está embasada em pomares de dois a cinco anos de produção, o que varia a produtividade, ou seja, pomares mais novos apresentam menores produtividades e pomares mais antigos apresentam produtividades maiores, porém o tipo de manejo e tempo dedicado a cada pomar também influencia significativamente a produção. A produção chegou 191.387 Kg nesta safra, sendo a produtividade média 17.376 Kg/hectare. O período de produção corresponde aos meses de novembro a maio, momento em que há floração noturna e frutificação dos cactos.
A partir do acompanhamento da cotação de preços ao longo da safra foi possível identificar que os valores pagos pela fruta apresentaram queda, comparado aos anos anteriores (na safra de 2019/2020 o preço era de R$ 7,00/Kg). Segundo Lauren, uma possibilidade para justificar este fato consiste no aumento da oferta da fruta ao mercado consumidor.(...).
Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar - Regional de Porto Alegre
Jornalista Carine Massierer
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